OS NÚMEROS DA LUSA: 2013 X 2012

A Portuguesa vai a campo amanhã pelo Campeonato Brasileiro, no Canindé, enfrentar o Náutico, lanterna da competição, em jogo válido pela 22ª rodada. É uma chance de somar 3 pontos que não pode ser desperdiçada pelo time rubro-verde. Após 21 partidas, a Lusa ocupa a 18ª colocação e tem a chance de deixar a zona de rebaixamento, caso vença seu jogo e Vasco e Criciúma percam os seus.

A equipe tem 22 pontos em 21 jogos. No mesmo período do Brasileirão 2012, somava 25. No ano passado, venceu por 3 a 0 o seu confronto da 22ª rodada, diante o Coritiba, avançando, àquela altura, para a 11ª posição.

No Campeonato Brasileiro 2012, a Portuguesa terminou a competição com uma média de gols menor do que a atual. O time fechou a 39ª rodada com 1,03 gols por jogo. Em 2013 a média é de 1,33 gols por jogo.

A grande diferença entre as campanhas, porém, está no setor defensivo: a média de gols sofridos em todo o certame de 2012 foi de 1,22 por jogo. Em 2013, a média é de 1,58 gols sofridos por jogo. A Lusa tem hoje a terceira pior defesa do campeonato, com 34 gols sofridos, atrás apenas de Vasco e Náutico, atuais companheiros de Z4, ambos com 36 gols sofridos.

Um dado curioso: os minutos finais dos jogos do Brasileirão 2012 também eram os mais perigosos para a Lusa, assim como em 2013. Na temporada passada, o time sofreu 19 gols após os 30 minutos do segundo tempo. Foi a fase do jogo em que a Portuguesa mais sofreu gols. Neste ano, já foram 10 gols sofridos no mesmo período da partida.

Como um alento para a torcida da Lusa, fica o retrospecto contra o Náutico: a equipe pernambucana nunca venceu a Portuguesa jogando no Canindé. Na história dos confrontos pelo Brasileirão, a Rubro-verde venceu mais: 7 vitórias contra 5 do Timbu.

Náutico e Portuguesa se enfrentam nos Aflitos, no primeiro turno. A partida terminou empatada em 2 a 2. FOTO: Diário de Pernambuco

BELÉM PODE SER A “CASA” DA PORTUGUESA EM DOIS JOGOS DO BRASILEIRÃO

A Portuguesa estuda a possibilidade de realizar dois de seus jogos como mandante neste Campeonato Brasileiro bem longe da sua torcida. O local escolhido seria o Estádio Olímpico Mangueirão, com capacidade para 45 mil pessoas, localizado na cidade de Belém, no estado do Pará.

Portuguesa quer mandar os jogos contra Corinthians e Flamengo no Mangueirão

As partidas escolhidas foram contra o Corinthians, no dia 29 de setembro, e Flamengo, em 27 de novembro. Apostando na popularidade dos dois adversários e a paixão pelo futebol da população paraense, a Lusa espera lucrar com a arrecadação da venda de ingressos. A proposta prevê que 50% da renda das partidas fique com a Portuguesa, mandante dos dois jogos. Com média de 3.108 pagantes por jogo, a equipe rubro-verde é dona da pior média de público deste Brasileirão.

O Mangueirão tem capacidade para 45 mil pessoas

O estádio, que ficou de fora da Copa do Mundo, foi palco da final do Superclássico das Américas de 2011, na qual o Brasil sagrou-se campeão após vencer a Argentina, por 2 a 0. O último jogo de grande público realizado no local foi o clássico entre Remo e Paysandu, em janeiro, pelo Campeonato Paraense, quando 39.076 pagantes assistiram à vitória do mandante Leão Azul, por 2 a 1.

A Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) foi procurada pela reportagem, mas a informação é de que ainda estuda o pedido do clube paulista. Pelo menos por enquanto, os jogos estão marcados para o Canindé, com horário ainda a ser definido.

LUSA REENCONTRA VITÓRIA E AFUNDA TRICOLOR NA CRISE

“A Portuguesa está aqui para tornar verdade aquilo que dizem que é mentira”, disse em tom de desabafo e praticamente afônico o técnico Guto Ferreira após a vitória por 2 a 1 da Lusa contra o São Paulo no Canindé, jogo que afundou o rival na crise (19º colocado com 9 pontos) e se, não fez a Portuguesa respirar aliviada, já que ainda continua na zona de rebaixamento com 12 pontos, serviu para o time reencontrar a vitória que não vinha desde a segunda rodada do campeonato (2 a 1 contra o Fluminense).

Herói do jogo, Diogo marcou os dois da Lusa na vitória sobre o São Paulo por 2 a 1 (Foto: Alex Silva/ Estadão)

A mentira, a que se refere Guto Ferreira, é de um time modesto no papel conseguir surpreender o poderoso rival. Foi exatamente com a proposta de surpreender que a Portuguesa quase abriu o placar, logo no primeiro minuto em bom chute do atacante Diogo (que retornou ao time titular nesta rodada) após boa jogada de Gilberto.  Foram de Diogo, aliás, as melhores oportunidades da Lusa.  Aos 23, o atacante fez Rogério Ceni trabalhar em chute forte na área e aos 37 abriu o placar depois do desvio do são paulino Douglas na área tricolor.

Aparentemente cansado após o retorno da excursão para a Europa e Japão, o São Paulo perdia muitas bolas no meio de campo possibilitando contra-ataques da Portuguesa. O melhor lance do São Paulo foi em belo lançamento de Aloísio que deixou Luís Fabiano sozinho na cara do gol. Sem ritmo, o são paulino chegou na bola depois que o goleiro Lauro havia feito a defesa.

Reação tricolor

Se o coletivo do São Paulo não funcionou na primeira etapa, na volta do intervalo o meia Lucas Evangelista fez o que a torcida esperava aos 30 segundos do primeiro tempo. O canhoto dominou no peito, chapelou o lateral-direito Luís Ricardo, cortou para o meio e chutou com o pé direito para empatar a partida. 1 a 1.

Para desespero da torcida da Lusa, o time não conseguia passar da linha de meio de campo, após a saída de Souza, machucado, e a entrada de Jean Mota. O São Paulo, no entanto, aproveitou o momento e teve a chance da virada já aos 8 minutos, quando Aloísio foi derrubado na área pelo zagueiro Moisés Moura. O que o goleiro e capitão do São Paulo, Rogério Ceni, não esperava é que a boa fase de Lauro (autor do gol de empate da Lusa contra o Flamengo na 12ª rodada) ainda não passou: com o pé esquerdo, o goleiro da Lusa evitou a virada do São Paulo.

Para aproveitar os erros de passe do São Paulo, o técnico Guto Ferreira colocou o meia Correia no lugar de William Arão. Autuori respondeu substituindo Jadson por Ganso, e Fabrício por Osvaldo. Mas a Lusa se deu melhor e marcou o segundo gol justamente quando era pressionada. Aos 33,  Luís Ricardo bateu de fora e após bate rebate dentro da área a bola sobrou novamente para Diogo marcar seu segundo gol e o que seria a vitória da Lusa.

No fim do jogo, aos 47, a Portuguesa contou com a ajuda do atacante do rival, Aloíso, para garantir sua segunda vitória no Brasileirão. Paulo Henrique Ganso acertou bela cobrança de falta. A bola ia entrando quando o atacante colocou a mão na bola e anulou o empate São Paulino.

Aliviada, a Lusa busca sair da zona de rebaixamento já quarta-feira, contra o Coritiba fora de casa. Já o São Paulo volta a jogar na quinta-feira, no Morumbi, contra o Atlético Paranaense.

FICHA TÉCNICA:

Campeonato Brasileiro – 13ª rodada
Estádio do Canindé
11 de agosto (domingo)

Portuguesa: Lauro; Luis Ricardo, Moisés Moura, Valdomiro e Rogério; William Arão (Correia), Bruno Henrique, Moisés e Souza (Jean Mota); Diogo e Gilberto (Bruno Morais). Técnico: Guto Ferreira.

São Paulo:  Rogério Ceni; Douglas, Rafael Tolói, Rodrigo Caio e Reinaldo; Wellington, Fabrício (Osvaldo), Lucas Evangelista e Jadson (Paulo Henrique Ganso); Aloipusui e Luís Fabiano. Técnico: Paulo Autuori

Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)
Cartões amarelos: Douglas e Rogério (POR); Aloísio (SAO)
Cartões vermelhos: Guto Ferreira (POR/ treinador)
Gols: Diogo (37′/1ºT  e 33’/2T– Portuguesa), Lucas Evangelista (30”/2ºT – São Paulo)
Público e renda: R$ 274.800,00 / 8.593 pagantes